sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Coral

Como ler uma caixa taxonómicaCobra-coral
Cobra-coral
Cobra-coral
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Serpentes
Família: Elapidae
Género: Micrurus
As corais (Micrurus, Erythrolamprus, Oxyrhopus e Anilius) são serpentes de pequeno porte, facilmente reconhecidas por seu colorido vivo. Há corais peçonhentas (Micrurus) e não-peçonhentas (Erythrolamprus, Oxyrhopus e Anilius), mas é difícil a distinção, possível apenas pelo exame minucioso da posição das presas ou da qualidade dos desenhos (anéis). As cobras-coral existem na América do Sul, América Central e Sul dos Estados Unidos da América. É também conhecida pelos nomes cobra-coral-venenosa, coral-venenosa, coral-verdadeira, ibiboboca, ibiboca e ibioca.
As corais, além de serem muito visíveis devido às suas cores, não apresentam o comportamento de ataque como, por exemplo, das cascavéis. As presas das corais são pequenas e podem estar localizadas na porção anterior da mandíbula (dentição proteróglifa), na Micrurus, como na porção posterior (dentição opistóglifa), nas Erythrolamprus, Oxyrhopus e Anilius. Portanto, elas não picam, mas mordem a caça para inocular a peçonha.
As cobras-coral possuem uma peçonha de baixo peso molecular que se espalha pelo organismo da vítima de forma muito rápida. A coral necessita ficar "grudada" para inocular a peçonha pelas pequenas presas. A cobra-coral é tão peçonhenta quanto uma naja. A sua peçonha é neurotóxica, ou seja, atinge o sistema nervoso, causando dormência na área da picada, problemas respiratórios (sobretudo no diafragma) e caimento das pálpebras, podendo levar uma pessoa adulta a óbito em poucas horas. O tratamento é feito com o soro antielapídico intravenoso.
A coral verdadeira geralmente é identificada pela posição das presas ou pela quantidade e delineamento dos seus anéis. As peçonhentas de forma geral possuem um ou três destes anéis completos em volta do corpo e as não-peçonhentas os possuem apenas na parte dorsal.
A coral tem hábito noturno e vive sob folhas, galhos, pedras, buracos ou dentro de troncos em decomposição. Para se defender, geralmente levanta a sua cauda, enganando o ameaçador com sua forte coloração; este pensa que é a cabeça da cobra e foge para não ser atacado. As atividades diurnas estão ligadas às buscas para reprodução e à maior necessidade de aquecimento que as fêmeas grávidas apresentam. Após o acasalamento, a fêmea posta de 3 a 18 ovos, que em condições propícias abrem após uns 90 dias. Dada a capacidade de armazenar o esperma do macho, a fêmea pode realizar várias posturas antes de uma nova cópula.
Os acidentes ocorrem com pessoas que não tomam as devidas precauções ao transitar pelos locais que possuem serpentes. Ao se sentir acuada ou ser atacada, a cobra-coral rapidamente contra-ataca, por isso recomenda-se o uso de botas de borracha cano alto, calça comprida e luvas de couro, bem como evitar colocar a mão em buracos, fendas, etc. A pessoa acidentada deve ser levada imediatamente ao médico ou posto de saúde, procurando-se, se possível, capturar a cobra ainda viva. Deve-se evitar que a pessoa se locomova ou faça esforços, para que o veneno não se espalhe mais rápido no corpo. Deve-se também evitar técnicas como abrir a ferida para retirar o veneno, chupar o sangue, isolar a área atingida, fazer torniquetes, etc., sendo o soro a melhor opção.

Nája


Naja
Naja


Outros nomes
Cobra capelo ou cobra indiana

Distribuição
Esta espécie abunda, sobretudo, na Índia e no Paquistão e existe em pequena quantidade nos países vizinhos, como o Sri Lanka, o Bangladesh, o Nepal e o Butão. Ocasionalmente, foram encontrados alguns espécimes no Afeganistão, não se sabendo ao certo se existem naturalmente ou se foram levados por encantadores de serpentes.

Estes répteis habitam preferencialmente terrenos agrícolas ou florestas.
Possui um veneno muito forte, fazendo por isso, todos os anos, muitas vítimas, já que se encontra principalmente em zonas agrícolas. Os trabalhadores rurais que são mordidos durante o seu trabalho, muitas vezes nem dão por isso na altura, só percebendo o que se passou quando os sintomas começam a fazer-se sentir, normalmente tarde demais para serem salvos.

Alimentação
A dieta destes animais consiste basicamente em pequenos roedores, lagartos e sapos que encontram com muita facilidade nas zonas cultivadas, principalmente campos de arroz.

Estado de conservação
Não se encontra sob qualquer ameaça importante, pelo que não está englobada em nenhum estatuto de conservação.

Reprodução
As najas fazem um ninho na terra, onde depositam até 20 ovos que guardam durante o período de incubação, que dura cerca de 50 dias.

Tamanho
As cobras desta espécie medem, em geral, entre 1,8 e 2,2 metros.

Longevidade Esta cobra tem uma esperança de vida que ronda os 25 anos.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Cascavél

Cascavel é o nome genérico dado às cobras venenosas dos géneros Crotalus e Sistrurus. As cascavéis possuem um chocalho característico na cauda, e estão presentes em todo o continente americano. Geralmente, refere-se mais especificamente à espécie Crotalus durissus, cuja área de distribuição se estende do México à Argentina. A cascavel, por razões não bem entendidas, em vez de sair completamente de sua pele antiga, mantém parte dela enrolada na cauda em forma de um anel cinzento grosseiro. Com o correr dos anos, estes pedaços de epiderme ressecados formam os guizos que, quando o animal vibra a cauda, balançam e causam o ruído característico. Embora no conceito popular o número de anéis do guizo as vezes é interpretado como correspondente a idade desta cobra, isto não é correto, pois no máximo poderia indicar o número de trocas de pele. A finalidade do som produzido pelo guizo é de advertir a sua presença e espantar os animais de grande porte que lhe poderiam fazer mal. É uma ótima chance de evitar o confronto.
Cascavel, a cabeça
Cascavel - rabo com 5 anéis (indicativo de 5 trocas de pele)
Cobra cascavel 280707- 23 04 40s - 49 06 55w REFON (3).jpg
Cobra cascavel 280707- 23 04 40s - 49 06 55w REFON (4).jpg
Como ler uma caixa taxonómicaCascavel
Crotalus durissus
Crotalus durissus
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes
Família: Viperidae
Género: Crotalus
Espécie: C. durissus
Nome binomial
Crotalus durissus
( Lineu, 1758)


Espécies

Crotalus durissus é o nome científico da espécie de cascavel, cuja área de distribuição se estende do México até Argentina. É também conhecida como boicininga, boiçununga, boiquira, cascavel-de-quatro-ventas, maracá e maracabóia.
Os machos chegam a atingir 1,5 m de comprimento (as fêmeas são, em geral, menores).
O revestimento é castanho, com losangos verticais escuros, e cores claras na margem. A parte dorsal da cauda é escura com barras transversais do mesmo tom. A região ventral é mais clara.
Alimentam-se de mamíferos e aves. Os animais mais jovens preferem lagartos.
No Brasil foram encontradas cinco sub-espécies:

Sucuri

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes
Família: Boidae
Gênero: Eunectes

       
A sucuri, também conhecida como anaconda, é uma cobra sul-americana da família Boidae, pertencente ao gênero Eunectes. Tem a fama de ser uma cobra enorme e perigosa. Existem quatro espécies, das quais as três primeiras ocorrem no Brasil: Eunectes notaeus, a sucuri-amarela, menor e endêmica da zona do pantanal; 
Eunectes murinus, a sucuri-verde, maior e mais conhecida, ocorrendo em áreas alagadas da região do cerrado e da amazônia, sendo que, neste último bioma, os animais costumam alcançar tamanhos maiores; Eunectes deschauenseei, a sucuri-malhada, endêmica da Ilha de Marajó; e a Eunectes beniensis, a sucuri-da-bolívia. São ainda conhecidas como arigbóia, boiaçu, boiçu, boiguaçu, boioçu, boitiapóia, boiuçu, boiuna, sucuriju, sucurijuba, sucuriú, sucuruju, sucurujuba e viborão. A sucuri pode viver até 30 anos, e é a segunda maior serpente do mundo; perdendo apenas para a piton reticulada. As fêmeas são maiores que os machos, atingindo maturidade sexual por volta dos seis anos de idade. Há muitos contos sobre ataques destas serpentes a seres humanos, no entanto, a maioria dos casos são fictícios, principalmente no que se diz respeito ao seu tamanho real. Muitos admitem terem sido atacados por espécies com mais de 10 metros. Os registros confirmados das maiores chegam em torno de 8 metros. A maior sucuri que se tem registro por fonte confiável, foi a encontrada no início do século XX, pelo explorador, Marechal Cândido Rondon, que media 11 metros e 60 centímetros. Quanto aos ataques, existem alguns registros de vítimas fatais humanas; a exemplo, o famoso caso de um índio de 12 anos que foi devorado na década de 80 por uma sucuri de grande porte, bem como alguns adultos nativos que estavam embriagados a beira do rio, e foram sufocados ou afogados antes de serem devorados. Estes casos foram fotografados e hoje as imagens são vendidas como souvenir na rodoviária de Ji-Paraná.

Tartaruga Marinha


As tartarugas marinhas podem medir 2 m de comprimento e chegar a pesar até 600 kg. Elas vivem em águas tropicais e estão mais adaptadas às águas frias devido a sua derme grossa e oleosa. Elas possuem extremamente desenvolvidos os sentidos da visão, do olfato e da audição, além de terem um senso de orientação impressionante.

A característica mais marcante da tartaruga de couro, por exemplo, é a consistência de sua carapaça que não é constituída de placas ósseas, mas sim recoberta por uma pele grossa e coriácea (semelhante ao couro).

As tartarugas-marinhas se alimentam basicamente de águas-vivas e de sua fauna acompanhante. Infelizmente, elas confundem sacos plásticos ou celofane com águas-vivas e correm o risco de morrerem por indigestão. Utiliza as patas como nadadeiras e nada a uma velocidade de 20 km/h.

A espécie de tartaruga verde se alimenta de algas e, por isso, é encontrada em grande quantidade no litoral brasileiro. Quando atinge a idade adulta, ou seja, 20 a 25 anos, a espécie vive dispersa na imensidão dos mares e sabe exatamente o momento e o local da reunião para reprodução. Nessa época, as tartarugas verdes viajam longas distâncias para retornarem às ilhas oceânicas onde nasceram para iniciar a desova.


O filhote de tartaruga tem todas as unhas, mas ele as perde quando se torna adulto. Apenas o macho conserva uma unha, grande e recurvada, com a qual ele se agarra às costas da fêmea durante o acasalamento. Isto é necessário porque o acasalamento ocorre enquanto as tartarugas nadam.

A fêmea escolhe um entre vários machos. A cópula dura várias horas, a fecundação é interna e uma fêmea pode ser fecundada por vários machos.

Em geral, as fêmeas desovam de 4 a 6 vezes por temporada, com 61 a 126 ovos por ninho. Porém, mais da metade do ninho consiste de ovos não férteis. A incubação varia de 50 a 78 dias e a temperatura ideal é em torno de 29º C.

A ilha de Trindade é o maior ponto de desova da tartaruga verde no Brasil. As tartarugas tomam conta das praias para depositarem os seus ovos. Nas praias da Tartaruga e de Andradas, a areia é totalmente moldada por grande buracos, cada um com mais ou menos 2 metros de diâmetro, feitos pelas fêmeas para abrigar seus ninhos.

A luta pela sobrevivência da espécie impressiona e comove. Estima-se que, de cada mil tartarugas nascidas, apenas uma ou duas chegarão à idade adulta.

O governo Federal norte-americano listou a tartaruga-de-couro como em extinção mundial. A estimativa atual é de que existam apenas de 20 mil a 30 mil tartarugas de couro fêmeas em todo o mundo. 


Tamar 
O Projeto Tamar funciona há 21 anos e atua em 20 bases distribuídas por oito Estados da costa brasileira. A principal função do projeto é pesquisar o comportamento e elaborar ações para preservar as espécies, que servem para orientar o homem na redução dos efeitos nocivos no ambiente em que vivem os animais, como a pesca, a iluminação artificial e o tráfego de veículos nas áreas de desova.

Para facilitar as pesquisas, as tartarugas encontradas na costa são marcadas com grampos de identificação, possibilitando o acompanhamento do crescimento e das rotas do animal.


Nas principais bases, pontos de desova e de alimentação, o Tamar mantém algumas espécies em cativeiro, que servem para estudos e principalmente para divulgação da importância do projeto e a conscientização da comunidade.

Para conhecer mais sobre as pesquisas e o trabalho de preservação do Projeto Tamar, acesse o site www.projetotamar.com.br
VOCÊ SABIA QUE... 
- Ao beber água do mar, a tartaruga marinha absorve muito sal. Para não morrer com o excesso dessa substância, ela costuma eliminar o sal através de suas lágrimas.

- A maior tartaruga-de-couro que foi registrada era um macho encalhado na Costa Ocidental de Gales em 1988. Ele pesou 916 kg.

- A maior tartaruga marinha, a alaúde, consegue colocar 100 ovos em apenas dez minutos.
Origem e História
As tartarugas marinhas surgiram há mais ou menos 150 milhões de anos e conseguiram sobreviver a todas as mudanças ocorridas no planeta ao longo de todo este tempo. Porém, a sua origem foi na terra e, na sua aventura para o mar, evoluíram diferenciando-se de outros répteis.

Assim, o número de suas vértebras diminuiu e as vértebras restantes se fundiram às costelas, formando uma carapaça resistente, embora leve. As tartarugas perderam os dentes, ganharam uma espécie de bico e suas patas se transformaram em nadadeiras. Tudo isso para se adaptarem à vida no mar.

Tartaruguinha de Água

Este pequenino ser com delicadas listras verde-amarelas é um pet que traz alegria para quem convive com ele. A tartaruguinha d'água gosta de ser acariciada na cabeça, comer na mão e tomar sol. Pode ser criada dentro ou fora de casa. Ela só precisa de uma ambiente com área seca e uma parte grande de água com temperatura morna, além de sol e alimentos.
Se você ainda não sabe, as tartaruguinhas são carnívoras. Elas não vivem só de alface como muitas pessoas pensam. Eles precisam de carne e peixe moídos em pedaços pequenos e crus, frutas e verduras picadas. Sua saúde é muito resistente porém pode apresentar raquitismo, deixando o casco mole, caso ela esteja com falta de proteínas.

O lugar seco serve para a tartaruguinha sair da água e descansar. Ela faz suas necessidades dentro da água, portanto a limpeza diária é fundamental para a saúde de sua amiguinha.
Tenha cuidado com a sua tartaruguinha! Se ela for colocada em locais ásperos pode causar ferimentos embaixo do casco favorecendo a entrada de fungos e bactérias.

As tartaruguinhas d'água se reproduzem com muita facilidade em cativeiro. Ao nascerem têm apenas 4 cm, o tamanho equivalente ao de uma caixa-de-fósforos e já saem logo nadando. Adultas chegam a medir 25 cm, crescendo 3 cm por ano. Vivem, em média,
40 anos mas podem chegar a um século!


A identificação sexual só pode ser feita quando adultas, aos cinco ou seis anos. A fêmea é maior com cerca de 25 cm e o macho chega a 20cm com a cauda mais comprida e volumosa.


O acasalamento é de julho a agosto e a desova de setembro a dezembro. Cada fêmea põe, em média, 10 ovos, que enterra na areia. Para garantir um maior número de nascimentos, as covas devem ser abertas com cuidado e os ovos retirados sem sacudir ou mudá-los de posição. Para isso devem ser marcados com lápis na parte superior e transferidos para uma chocadeira onde serão enterrados em areia para que possam eclodir em 120 dias. Após este processo, os ovos devem ser enterrados na mesma posição, a
10 cm de profundidade com temperatura de 27 a 29 graus.
Origem e história
No Brasil a espécie de tartaruguinha d'água comercializada é a Pseudemis scriptis elegans, que possui manchas alaranjadas nas laterais da cabeça e os desenhos embaixo do corpo diferentes. É vendida legalmente em lojas de aquário de peixes, obtida através de importação direta dos criadores norte-americanos. Há outra espécie, a Trachemys dorbignyi, originária dos banhados, rios e lagos da região do Rio Grande do Sul, Uruguai e norte da Argentina. Esta já é proibida de se comercializar.

Os quelônios (tartarugas, cágados e jabutis) são os vertebrados mais facilmente reconhecíveis, devido a presença do casco que é a chave do sucesso destes animais.
Os quelônios de hoje não são tão diferentes de seus ancestrais que viveram durante o Triássico. São cerca de 260 espécies conhecidas, sendo encontrados em diversos ambientes: lagos, rios, pântanos, mar, florestas e desertos. A maior espécie é a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) podendo medir 2,4 m de comprimento e pesar 900 kg.


O casco é a característica principal de uma tartaruga, sendo a carapaça composta por ossos dérmicos que são recobertos por escudos córneos de origem epidérmica. Os quelônios são os únicos vertebrados que possuem as costelas externas às cinturas. Outra característica destes animais é o seu bico córneo, não apresentando dentes.


Um dos quelônios mais comuns entre nós é o cágado (Família Chelidae) que vive em ambientes de água doce (açudes, lagos e rios). Este quelônio é caracterizado por recolher a cabeça curvando o pescoço horizontalmente. Algumas espécies de cágados são diurnas, enquanto outras são noturnas.

Jacaré





jacarés são répteis bem adaptados ao meio ambiente e dominam ainda hoje muitos habitats. Ao contrário do que se pensa, o jacaré não é lento. Se for melindrado ou estiver preste a dar o bote, adquire velocidade impressionante. Dentro da água, seu ataque é geralmente mortal, já que é um exímio nadador.

O jacaré é carnívoro e aceita tudo, desde que a alimentação oferecida seja à base de proteína animal. A exigência alimentar é de 10 % do peso vivo ao dia, pois tem o metabolismo lento.


O que mais assusta nesse animal é o tamanho de sua boca e a quantidade de dentes - entre 70 e 80. Quando a vítima é pequena, o jacaré simplesmente engole a presa inteira. Já quando a vítima é maior, o jacaré a segura pelas mandíbulas e a sacode bruscamente até que se despedace. Quando o ataque acontece dentro da água, uma espécie de válvula isola a traquéia evitando, assim, que a água invada o pulmão.


O sucesso da saída do animal da água para o meio terrestre ocorreu por alguns motivos como pele grossa que auxilia no equilíbrio iônico do animal; desenvolvimento dos pulmões bem capacitados; coração com quatro cavidades (muito parecido com o coração humano) e ovo com casca, que protege o embrião do meio.


A reprodução nos jacarés, em geral, ocorre no período de julho a outubro. A maturidade sexual chega aos sete anos para a fêmea e para o macho aos dez.


Até entre estes poderosos répteis existe jogo de sedução. Ao entrar na água, o macho se põe a rodear a fêmea em círculos cada vez mais estreitos. O macho curva o corpo com a cauda por baixo da fêmea, para encostar sua cloaca na dela. Os dois emitem ruídos e conservam o focinho fora d’água. A cópula dura cerca de um minuto.


A postura coincide com o final da primavera e a fêmea chega a colocar de 20 a 40 ovos que ficam incubados entre 60 e 90 dias, dependendo da temperatura, eclodindo de janeiro a março.


A incubação é feita pelo calor do sol e pela fermentação química dos produtos que são usados para a formação do ninho.


Os filhotes nascem com a aparência igual a dos pais, porém com apenas 25 cm de comprimento. Nesta fase, a alimentação é de insetos, sapos, ratos e peixes.


A idade adulta chega aos três, quatro anos de idade, quando o jacaré mede aproximadamente 1,8 m de comprimento.

Origem e História
Os jacarés são descendentes dos primeiros répteis que habitavam o planeta há 230 milhões de anos. É por isso que se diz que ele é um animal pré-histórico. É parente, entre outros, do dinossauro.

Atualmente, existem muitas espécies de jacarés espalhadas pelo continente americano. Só no Brasil, são cinco tipos diferentes, em várias regiões. São conhecidas popularmente como:
1- Jacaré - negro ou jacaretinga, Jacaré - do – pantanal;
2- Jacaré-aruará, jacaré- açu ou jacaré-gigante;
3- Jacaré-do-papo-amarelo, jacaré-do-focinho-largo ou ururau;
4- Jacaré-coroa ou paguá;
5- Jacaré-coroa ou caimão-de-cara-lisa

Jabuti

Ele é um bicho pré-histórico, quieto, porém muito dócil que se adapta à vida moderna. Rústicos e resistentes, os jabutis somam mais de 40 espécies em todo o mundo. Sua vida é levada com vagar. Adora ser afagado e todas as suas tarefas são demoradas. Cortar um grande pedaço de comida, cavar um bom buraco para enfiar a cabeça pode levar um bom tempo. 

Quando sente a aproximação de um predador ou pressente algum perigo, põe as patas, cabeça e cauda dentro do casco, permanecendo inerte como se estivesse morto. Provavelmente, é o mais lento animal entre os vertebrados.

No Brasil duas espécies são originárias das florestas úmidas. Uma delas é a Geochelone carbonaria, conhecida como Jabutipiranga e a outra é a Geochelone denticulata também chamada de Jabutitinga. 


Antes de descrevê-las, vale uma explicação simples. Qual é a diferença entre tartaruga, jabuti e cágado?
A tartaruga é uma espécie de réptil que vive somente na água marinha ou doce. Ela possui casco achatado e suas patas terminam afinadas, como se fossem nadadeiras. Existem, também, as espécies semi-aquáticas, chamadas de cágados

O jabuti é uma espécie terrestre de réptil. Possui casco convexo, bem arqueado, e pernas grossas, que parecem réplicas miniaturizadas da dos elefantes.


Nativas do Brasil, a jabutipiranga e a jabutitinga diferem, basicamente, pela coloração das escamas. 


A Jabutipiranga tem a carapaça relativamente alongada e as escamas da cabeça e das patas vermelhas. Chega a medir até 40 cm de comprimento e pesar de 6 a 12 Kg. Ocorre nas regiões Nordeste, Centro-oeste e Sudeste. Sua maturidade ocorre entre cinco e sete anos.


A
Jabutitinga possui coloração menos acentuada, em tons de amarelo. É de porte maior podendo atingir até 80 cm e habita originalmente a região amazônica.A maturidade sexual acontece por volta dos quatro anos. Você sabia que estes animais levam cinco horas para percorrer 1,5 Km? 


Os Jabutis são animais onívoros, ou seja, se alimentam de substâncias animais e vegetais. Costumam comer carne, frutas doces, verduras e legumes. Possuem hábitos diurnos e gregários (vivem em bandos) e passam o tempo em busca de alimento, especialmente os de cores vermelhas e amarelas.  Os jabutis não possuem dentes. No lugar deles, há uma placa óssea que funciona como uma lâmina. 


Os recipientes de água e comida devem ser lavados todos os dias e as fezes devem ser retiradas pelo menos duas vezes por semana, senão, o jabuti pode comê-las.
Eles vivem, em média, 80 anos, mas alguns ultrapassam um século de vida. Depois de adultos, é praticamente impossível identificar a idade de um jabuti pela a aparência.

Uma das principais características destes répteis é o plastrão (escudo ventral). Nos machos ele é côncavo e nas fêmeas é convexo. Isso facilita o procedimento da cópula, de modo que o macho possa encaixar-se sobre a fêmea. Para isto, é importante que o macho seja maior do que a fêmea. 


A partir dos seis anos eles já podem se reproduzir. Podem acasalar o ano todo, mas a desova das espécies nacionais normalmente ocorre entre agosto e novembro. 


A fêmea bota os ovos cerca de dois meses depois da cópula. Têm-se observado posturas de seis ou sete ovos, porém alguns criadores mencionam posturas de 15 a 20 ovos. Os ovos devem ser transportados para a incubadora na mesma posição em que foram botados. A temperatura da incubadora deve ser de 28°C. A eclosão ocorre entre seis e nove meses.


Para os filhotes, deve haver sempre água fresca em recipiente raso, para o jabutizinho não correr o risco de se afogar. Não é necessário oferecer alimentos. Até completarem um mês de idade, eles se nutrem do violeto que fica reservado. Depois disso, já podem ser reunidos aos animais adultos.


É fundamental que o chão seja gramado e não de terra batida, muito menos de concreto ou de qualquer outro tipo de solo abrasivo. Isto para impedir que os animais provoquem atrito no plastrão. Além disso, os machos no período reprodutivo caminham encaixados sobre as fêmeas e tendem a pôr o pênis em contato com o solo, que se for abrasivo pode resultar em graves feridas.

Os jabutis passam longas horas tomando banho de sol, mas em seu viveiro há necessidade de locais com sombras, para eles controlarem a temperatura corporal.


Se forem mantidos em terrário, o comprimento do mesmo deve ser dez vezes o do jabuti e a largura, cinco. Pode-se substituir o sol por uma lâmpada UVB própria para répteis. Nesse caso, ela deve ficar acesa oito horas ao dia. Jardins também são indicados para criar jabutis, mas somente quando ele já tiver atingido cerca de 15 cm de diâmetro. 


Não existem restrições legais para manter um jabuti, para a criação extensiva, entretanto é necessária a autorização do ibama.

História

No maior centro mundial de criação de animais de estimação, os Estados Unidos, o resultado da última pesquisa realizada pela American Pet Products Manufacturers Association detalha os dados: jabutis e tartarugas são os mascotes de 40% de todos os proprietários norte-americanos de répteis e anfíbios, percentual esse não atingido por nenhuma outra espécie e que soma o fabuloso número de 1.084.000.

O sucesso de jabutis e tartarugas como bichos de estimação gera, ao redor deles, um hobby dos mais estruturados. No mundo todo, há dezenas de entidades que congregam donos, criadores e demais entusiastas. Ainda que a grande maioria delas se dedique tanto a Jabutis como a tartarugas, a maior de todas - a Tortoise Trust International - dedica-se quase exclusivamente aos jabutis. Sediada na Inglaterra, foi fundada há 14 anos e tem cerca de quatro mil filiados, espalhados por mais de 30 países.

Dragão de Komodo

O Dragão de Komodo é o maior de todos os lagartos atuais. Existente há centenas de séculos, este réptil já vivia na Terra muito antes do surgimento do homem. É uma espécie endêmica da Indonésia sendo visto nas ilhas Komodo, Rintja, Padar e Flores, habitando florestas e clareiras.
Aprecia bastante carniça e é capaz de devorar uma carcaça inteira de búfalo. Nada impede que o Dragão de Komodo coma animais vivos. Ele costuma derrubar a vítima com a força de sua cauda e cortá-la em pedaços com os dentes. 

Possui a cabeça grande, o corpo maciço e as patas poderosas, com fortes garras. São poderosos predadores que atacam e matam porcos selvagens, cabras, jovens búfalos, cavalos, macacos, veados e aves.
O Dragão de Komodo chega a medir 3,5 m e a pesar até 110 kg, vivendo, em média, 50 anos. A sua cor é cinzenta e marrom. 

Ao terminar a estação das chuvas, a fêmea põe cerca de 25 ovos na areia que se abrem depois de 6 a 8 semanas. Os filhotes ao nascerem, medem 20 a 25 cm de comprimento. Os jovens alimentam-se de lagartos, insetos, aves e pequenos mamíferos. 


O Dragão de Komodo encontra-se ameaçado pela caça, por envenenamentos feitos pelas populações locais e pela diminuição das presas de que se alimenta. Padar e Rintja foram classificadas como reservas pelo governo Indonésio, tanto para o dragão de Komodo como para as suas presas.

Camaleão

O Camaleão é um réptil conhecido por mudar a sua cor para se adaptar a um ambiente ou a uma situação. Esta estratégia o ajuda a se proteger de potenciais predadores e passar desapercebido por eles. 

Além desta característica, possui a capacidade de movimentar os dois olhos independentemente e também de enrolar a cauda para se agarrar.


Por isso, sobe com facilidade em árvores e corre rápido no chão. É um bom mergulhador e também nada bem, podendo ficar submerso por longo tempo. Caso se sinta acuado, foge ou defende-se com dentadas e chicoteando com a cauda.


De hábitos diurnos, costuma ao amanhecer colocar-se ao sol para caçar todo o tipo de insetos, como gafanhotos e outros artrópodes.
O Camaleão é se alimenta de grandes quantidades de folhas verdes, e de frutos. Ingere também insetos.

Habita do México ao Brasil Central. Aqui, vive na Floresta Amazônica, nas matas de galeria dos cerrados e nas caatingas.
No período reprodutivo, os machos descem dos arbustos para encontrar uma companheira. É uma espécie ovípara, e as posturas variam entre 30 e 40 ovos, que são depositados no solo.

A incubação é longa, dura de 8 a 9 meses. Ele atinge a maturidade sexual em um ano e pode viver de 4 a 5 anos. Chega a medir um metro de comprimento.

É um lagarto imponente, com uma bela crista que vai da nuca até a cauda e aparece também no papo. Os machos, normalmente, são mais coloridos e com ornamentações mais proeminentes na cabeça.


Tanto o macho quanto a fêmea são agressivos. Acredita-se que os indivíduos que vivem nos setores Mediterrâneos europeus derivem de exemplares introduzidos pelo homem em épocas remotas. 


Curiosidade
Na simbologia africana, o camaleão é um animal sagrado, visto como o criador dos primeiros homens. Nunca é morto, e quando é encontrado no caminho, tiram-no com precaução, por medo do trovão e do relâmpago.

Iguana









A primeira impressão não é a que fica. A iguana é um
réptil de aparência, a princípio, assustadora e que lembra
os gigantescos animais jurássicos. Mas esta sensação logo desaparece e quando menos se espera esta exótica amiga de temperamento calmo e dócil pode se tornar uma boa companhia. Por ter facilidade de adaptação e integração com o homem, se tornou o primeiro réptil doméstico.


Seu tamanho pode chegar a dois metros, porém 2/3 correspondem à cauda. O corpo é forte, comprimido dos lados e os membros são bastante desenvolvidos com dedos compridos para facilitar a subida em árvores. Embaixo do tímpano, possui uma enorme escama arredondada, uma prega de pele na região gular e uma crista no alto da cabeça. A cor, em geral, é verde intenso nas iguanas jovens e ao envelhecer aparecem bandas escuras ao longo do corpo e da cauda.

De hábitos diurnos, a iguana se alimenta preferencialmente de insetos quando jovem e na fase adulta torna-se praticamente vegetariana consumindo brotos, queijo branco, alface, escarola, laranja, banana, cenouras raladas, flores de hibisco, ipê, pétalas de rosa, entre outras. A alimentação deve ser administrada duas vezes por dia. No inverno devido à baixa do metabolismo é possível o animal diminuir a quantidade de alimento ou até passar algum tempo sem comer nada. 
A iguana requer uma série de cuidados por se tratar de uma espécie delicada e de manutenção difícil. Como é um animal de grandes dimensões, o terrário deve ser amplo, alto e com excesso de troncos e galhos. Este réptil precisa se exercitar para não ficar obeso. Necessita também tomar banho de raios ultravioleta.
A iguana como todos os répteis é um animal de sangue frio, não tendo assim um método próprio para manter a temperatura de seu corpo. Na natureza o sol é sua principal fonte de calor, no cativeiro a temperatura do ambiente deve ser em torno dos 30º no período diurno e 23º no período noturno. Este controle pode ser feito com termômetro. Caso a temperatura não siga estes padrões, o animal ficará inerte podendo até hibernar e neste estado há uma baixa no metabolismo diminuindo ou até cessando suas funções fisiológicas que são mantidas com as reservas energéticas que foram acumuladas durante o período quente. Outro fator importante é a umidade do ar que deve girar em torno dos 70 a 80 %, pois a baixa umidade pode causar ressecamento da pele. 
Como qualquer outro animal o iguana requer uma higiene constante. Com um pano úmido é possível fazer a higienização do corpo, para evitar arranhões. Não se deve esquecer de cortar as unhas da iguana e evitar o contato com outros animais. As fezes e a urina também devem ser retiradas.
Mesmo sendo pacifica, a iguana quando se sente ameaçada revida com mordidas e chibatadas com o rabo.O macho como forma de mostrar que é dono daquele “pedaço”, levanta a cabeça deixando a mostra sua papada do pescoço.
Origem e história
A iguana vive no México e no Brasil Central, em florestas úmidas e na caatinga.No Brasil a criação em cativeiro é proibida, por se tratar de um animal silvestre. Houve a liberação da importação, mas foi logo vetada. Neste curto espaço de tempo muitas pessoas adquiriram uma iguana, e se viram em apuros com o passar dos anos ao notar que elas não paravam de crescer. A solução precipitada foi soltá-la em um lugar com densa vegetação, o que ocasionou o desequilibro na fauna e até a morte do animal, já que por ter vivido em cativeiro, se tornou presa fácil dos predadores nativos.

crocodilo



Os crocodilos são os maiores répteis existentes na natureza nos dias de hoje. Atualmente, o seu tamanho é, em média, de oito metros, porém na época dos dinossauros, há 140 milhões de anos, os crocodilos chegaram a medir 30 metros de comprimento. Hoje vivem até 80 anos.

São encontrados em rios, lagos e pântanos na África tropical e subtropical e em Madagascar. Habitam, também, as áreas costeiras do oeste africano.


Os crocodilos nadam com a ajuda da sua poderosa cauda. Em terra, apesar de terem patas curtas, se movimentam depressa. Imóveis, parecem troncos flutuantes, o que engana muitas das vítimas destes répteis.


Placas córneas cobrem a cabeça, o pescoço e o tronco destes répteis. A cauda é comprimida lateralmente. Os crocodilos jovens se alimentam de invertebrados, de anfíbios, de répteis, de peixes e de outros pequenos vertebrados.


Os adultos são ferozes predadores e se alimentam de peixes, de tartarugas, de aves aquáticas, de antílopes, de zebras, de grandes animais domésticos e de homens. Os dentes, implantados em alvéolos, são utilizados para destruir as presas. 


Eles agem principalmente à noite. Durante o dia, descansam nas margens ou em bancos de areia, mantendo a boca aberta nas horas de maior calor.
Os crocodilos fazem seus ninhos com folhagens. A postura é de 20-50 ovos e o período de incubação é de três meses.
Uma das diferenças entre crocodilos e jacarés está na dentição. Os crocodilos ao fecharem a boca deixam aparecer o seu 4º dente.

corn snake


A serpente corn snake ou cobra do milho (Panterophis guttata), é bem conhecida por aqueles que se identificam com a criação de serpentes como pet, se classificam como colubridae e são conhecidas 
popularmente também como red rat snake. São comumente encontradas nos Estados Unidos e geralmente vivem em milharais. Têm hábitos principalmente terrestres sendo que algumas são semi-arboricolas, e possuem atividade noturna na maior parte do tempo ou então crepuscular.
As cobras do milho adulto podem chegar a um comprimento de 76- 152 cm e os filhotes chegam a medir 26 cm. A média de vida desses animais é de 10 anos, porém, já foi documentado animais que viveram até 21 anos em cativeiro uma vez que não sofrem ataques de predadores. Eles se alimentam na natureza desde lagartos, sapos até roedores e pássaros. Matam suas presas por constrição já que não possuem peçonha. Aos dois anos entra na maturidade sexual, a época de reprodução se concentra nos meses de agosto e setembro. Sendo que a cada postura colocam 10 a 15 ovos.
Para se criar uma corn snake é necessária condições apropriadas como: um aquaterrário com 60 litros em média, este deve ter uma tampa bem firme evitando que a serpente escape. Um local de esconderijo, um substrato que pode ser folhas, terra, jornal, grama sintética e que deve ser higienizado sempre que estiver sujo. E nunca se esquecer de deixar o local na temperatura ideal para serpentes que gira em torno de 29 °C com uma umidade de 60 %. Colocar sempre uma bacia com água para que possam se refrescar quando sentirem vontade e nunca se esquecer de deixar algum galho que pode ser adquirido em pet shops para que possam subir.